sábado, 24 de novembro de 2007

Trajetória

Tudo começou aos 18 anos, em Ourinhos (SP), quando comprei um violão, dividi em 3 vezes e minha mãe, de surpresa, me deu uma capa. Virou fixação: passava horas decorando novos acordes, descobrindo escalas, compreendendo dissonâncias, aprendendo a afinar... Quanto mais estudava, mais descobria que havia mais coisas a se estudar. Conclusão: estudar música não acaba nunca.
Não tinha professores, mas bons amigos que davam boas dicas.
Depois disso comprei uma guitarra, uma pedaleira, um amplificador e aprendi a palhetar.
Tinha que aprender a ler partitura! Mais horas e horas decodificando bolinhas e tracinhos.
Em 95, uma boa novidade: A Escola Municipal de Música de Ourinhos. Pela primeira vez teria professores. Mergulhei de cabeça: estudei violoncelo, violão popular, violão clássico, teoria musical e harmonia. Tocava o tempo todo, acompanhava flautistas, clarinetistas, violinistas, tocava em quartetos, trios, cameratas e ainda, no meu tempo livre, estudava contraponto e serialismo.
Em 97 virei professor do Conservatório Musical Santa Cecília. Tinha carteira assinada, cesta básica, fundo de garantia e décimo terceiro.
Em 99 resolvi me mudar para São Paulo e em 2000 fiz aulas de violoncelo na USP. Fim do primeiro ato. Viver de música era mais difícil do que imaginava. Parei com tudo e virei programador.
Em 2004 resolvi voltar a tocar alguma coisa. Comprei um bandolim e virei chorão. Não poderia ter tido idéia melhor!

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